Que tal aprender como funciona a inovação na prática a partir do exemplo de grandes corporações?

Essa é uma boa maneira de se inspirar e refletir sobre os processos da sua própria empresa – afinal, a inovação é essencial.

A todo o momento, a vida em nossa volta é reinventada.

Uma pessoa que abre a janela do seu quarto diariamente pela manhã nunca verá a mesma paisagem, pois sempre haverá novos detalhes que tornam a vida mais interessante.

O mesmo acontece no mundo corporativo.

As empresas precisam se transformar para permanecerem relevantes no mercado em que atuam.

Mas como é essa inovação na prática?

Neste artigo, abordaremos o conceito de inovação.

Além disso, veremos casos de sucesso envolvendo corporações que fizeram da renovação um dos pilares da sua cultura interna para você se inspirar.

Então, estudaremos as estratégias utilizadas e os resultados alcançados. Acompanhe!

O que é inovação na prática e por que aplicá-la na empresa

Existe uma ideia de que inovação significa criar algo novo e surpreendente, mas isso é apenas um dos possíveis resultados desse processo.

Na verdade, a inovação na prática envolve trabalhar em cima de alguma coisa que já existe e transformá-la em uma solução melhorada. Sendo assim, essa transformação aprimora produtos e serviços.

Para entender melhor, daremos um exemplo bem claro: o cientista Thomas Alva Edison. Entre as suas invenções mais famosas está a lâmpada elétrica incandescente — utilizada até hoje pelas pessoas.

Por mais inovadora que fosse, a lâmpada foi desenvolvida e comercializada por causa da já existente energia elétrica.

Embora essa invenção tenha ocorrido no século XIX, conseguimos mais um exemplo épico do que é inovação no século XX.

Estamos falando do lançamento do Windows 95 pela Microsoft. Antes dele, os sistemas operacionais eram complicados e pouco funcionais. No entanto, o sucesso do Windows 95 aconteceu graças à internet e a protótipos que foram aperfeiçoados durante anos.

Poderíamos citar outros exemplos, como o Facebook, a Apple e o Google. Porém, veríamos o mesmo conceito de inovação, ou seja, a evolução constante de processos.

A reinvenção sempre fez parte da história humana, mas atualmente tornou-se uma questão de sobrevivência no mundo corporativo.

Nunca antes as transformações de produtos e serviços aconteceram em um ritmo tão intenso. Por isso, o autor do livro “Desafios gerenciais para o século XXI”, Peter F. Drucker, aponta a inovação como um trabalho duro que precisa ser implantado em cada unidade e nível gerencial da empresa.

De acordo com o estudo “Indústria X.0 – reinvenção digital da indústria na América do Sul”, feito pela Accenture, as empresas que ingressarão no próximo modelo de mercado — a indústria X.0 — serão as que promovem a inovação no seu modelo de negócios.

Sendo assim, fica óbvio que o “dever de casa” das instituições atuais envolve a construção de políticas que fomentem a renovação de processos.

Como a Lego, a Microsoft e a Localiza trataram a inovação na prática

Existem empresas exemplares quando o assunto é a inovação na prática. Essas organizações são verdadeiras escolas e devem ser incluídas nos processos de benchmarking de qualquer empresa.

A partir de agora, estudaremos sobre três instituições que já se tornaram referência em inovação: a Lego, a Microsoft e a Localiza.

Lego — repetir para reinventar

Parece contraditório dizer que repetir ações leva à inovação na prática. Entretanto, a Lego mostrou para o mundo que esse é um dos caminhos para a reinvenção de processos.

Desde 1932, a organização se firmou no mercado e sempre refletiu no negócio o significado do seu nome, que é uma abreviação de duas palavras dinamarquesas: leg godt, em português, jogar bem.

No entanto, apesar da força da marca e de ter sido nomeada como o brinquedo do século — feito registrado em um artigo do jornal The Guardian — houve um período de declínio.

Entre a última década do século XX e a primeira do XXI, a gigante do mundo infantil amargou um prejuízo médio de 300 mil euros por dia.

Tudo começou com a renúncia do CEO Kirk Kristensen (neto do fundador). A partir daí, a nova gestão da Lego perdeu o foco no core business do negócio.

A founder’s mentality (mentalidade dos seus fundadores) da liderança cortou as conexões com os clientes.

Então, o valor da marca, que “tocava o coração” das crianças e evocava os sentimentos nostálgicos e doces dos adultos, começou a desvanecer. Porém, a força da Lego fez com que esse declínio fosse vagaroso e, ao mesmo tempo, quase imperceptível.

Em uma busca desesperada pelo retorno do crescimento, os líderes levaram o negócio para novos “oceanos” empresariais como: programas de televisão, produção de roupas e parques temáticos, mas sem sucesso.

Até que em 2004, o novo CEO, Jorgen Vig Knudstorp, ajudou a Lego a reatar os laços afetivos com o seu consumidor.

No livro “Brick by brick: how Lego rewrote the rules of innovation and conquered the global toy industry”, o autor David Roberson diz que a Lego começou a fase de renovação quando decidiu aprender com os erros passados.

Junto com isso, a empresa buscou um retorno para a sua essência.

Assim como as crianças usavam os bloquinhos da empresa para criar novas formas, o CEO Jorgen Vig Knudstorp ressaltou que o caminho do retorno para o sucesso estava em usar o foco central da Lego para reinventar. Em resumo, seria repetir para inovar.

De início, o CEO, junto com o conselho da empresa, cortou vários negócios anexos que apenas tiravam a marca do seu foco central. Depois, foram levantadas estratégias para a volta da Lego ao seu core business.

Entre as ações ousadas estavam a redução da sua complexidade, a restauração da cadeia de suprimentos e a reformulação dos produtos. Para isso, a empresa estruturou comunidades online e convenções para ouvir feedbacks externos sobre os seus produtos.

Para estimular ainda mais essa participação colaborativa, a empresa lançou a Lego Factory, na qual os consumidores podem usar o seu computador pessoal para criar, compartilhar e adquirir os seus kits personalizados.

Na verdade, a instituição abriu as portas para desenvolvedores do mundo todo, que se uniram com os seus colaboradores internos para projetar brinquedos incríveis.

O resultado foi uma explosão de vendas nos meses subsequentes ao lançamento da Lego Factory. Como recompensa pelo seu trabalho, os consumidores-criadores receberam royalties pelas vendas das suas produções.

Logo em seguida, a organização deu outra “cartada de mestre” com a criação da série Mindstorms. Esse produto oferece kits de legos sofisticados com peças programáveis e sensores para os movimentos dos brinquedos desenvolvidos.

Essa nova forma de serviços surpreendeu até mesmo a empresa quando os consumidores começaram a modificar códigos e funcionalidades do software.

Nessa etapa, a Lego mostrou que o pensamento inovador já estava no DNA da sua cultura interna, uma vez que percebeu nesse comportamento do público uma possibilidade de aumentar o engajamento da marca.

Sendo assim, foram disponibilizados novos programas e criou-se também uma competição entre os usuários da plataforma colaborativa. Em pouco tempo, uma grande variedade de softwares foi desenvolvida e compartilhada.

Além disso, a inserção do Net Promoter Score (NPS) permitiu a mensuração da satisfação dos clientes em relação à marca. Diante dessa base de dados, a Lego decidiu abrir as flagship stores (grandes lojas temáticas) gerando uma ligação lucrativa com os principais varejistas.

Com esse novo fôlego, o tempo de desenvolvimento dos produtos foi reduzido, impulsionando as vendas em novos mercados como a Ásia e retomando o crescimento na Europa, nos Estados Unidos e no Japão.

Uma forte prova da reinvenção da Lego veio por meio da criação do mundo virtual Lego com personagens e games.

Um exemplar recente é o Lego Worlds — um jogo online criativo. O objetivo continua sendo a colaboração dos usuários, visto que o game oferece uma experiência personalizada.

Dessa forma, os jogadores criam mundos de sonhos pessoais com conteúdos produzidos com base em protocolos e algoritmos específicos.

Outra lição que a Lego aprendeu e repassa para o conceito inovação é a formação de parcerias de negócios. Uma delas foi feita com Walt Disney visando à criação de personagens licenciados pela Lego.

Um recente fruto dessa união foi a criação de um grupo de personagens feitos com bloquinhos temáticos que fazem parte das “lendas de chima”. Essa produção envolveu tanto a criação de brinquedos quanto uma série de sucesso com várias temporadas.

Uma segunda parceria foi realizada com a empresa londrina TT Games Publishing para o desenvolvimento de games.

Pouco tempo depois, essa organização foi comprada pela Warner Bros, que inseriu os bonequinhos da Lego em jogos temáticos como Star Wars e o Batman. Essa ideia alavancou os lucros financeiros da Lego.

Como a marca está ligada ao mundo da imaginação, a liderança resolveu construir playgrounds internos em shoppings chamados Lego Discovery Centers.

Nesse ambiente, as crianças ficam em áreas de jogos que possibilitam a criação de várias coisas, como carros de corrida. Já os pais ficam tranquilos enquanto veem os seus filhos brincarem.

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Essa reinvenção da Lego aponta uma das maneiras de fazer inovação na prática: repetir processos. Pois a razão do sucesso não foi uma criação nova e disruptiva, mas a reformulação de algo já consolidado.

De acordo com o livro “Repeatability – build enduring businesses for a world constante change”, dos autores Chris Zook e James Allen, a repetição é o segredo para liderar mudanças inovadoras.

E foi esse conceito que a Lego abraçou para ingressar no século XXI dentro do universo mágico das crianças. Pelo que parece, a organização ainda terá muitas inovações para oferecer no comércio de brinquedos.

Microsoft — tecnologia para gerar inovações

Embora a Microsoft sempre tenha levantado a bandeira da inovação, nem sempre mostrou essa prática em seu ambiente interno.

Com o tempo, a marca permaneceu apenas como um “selo antigo que representava a renovação”, mas sem se posicionar na vanguarda desse movimento. Esse comportamento estático começou a mudar com a nomeação do CEO Satya Nadella.

Por mais estranho que possa parecer em uma empresa de tecnologia, o primeiro incentivo do CEO foi estimular os funcionários a serem mais criativos.

Para isso, a Microsoft iniciou um hackathon anual e despertou o renascimento da inovação nos colaboradores. Outra prática adotada foi a participação colaborativa que otimizou a área de negócios da empresa.

A nova mentalidade da liderança tocou na cultura interna e deu uma nova visão para a Microsoft: o empoderamento de cada colaborador para atingir resultados ainda maiores.

No livro “Aperte o F5”, Satya Nadella, apontou a empatia como o trajeto para alcançar a renovação.

Segundo ele, essa competência induz a colaboração e a compreensão. Ambas abrem o caminho para a inovação na prática por meio de jornadas, que podem ser confusas mas levam à direção de produtos úteis.

Essa nova abertura foi agraciada com a explosão de novos ou aperfeiçoados produtos da Microsoft.

Tanto os colaboradores quanto os clientes percebem os efeitos positivos da inovação na prática.

Na base desses produtos está um ambiente fertilizado para o crescimento do pensamento criativo e da transformação. Um dos frutos dessa nova fase é o aperfeiçoamento da plataforma Azure (nuvem pública) da Microsoft.

A tecnologia tornou-se a primeira grande nuvem pública com segurança de ponta a ponta de Internet das Coisas (IoT), gerando um sistema capaz de mitigar ameaças em projetos corporativos.

Por meio de uma parceria estratégica com outras empresas, a Microsoft está conseguindo usar o conceito de design thinking na Azure.

Por exemplo, a organização Walmart (mercado varejista) está acelerando as suas próprias inovações e capacitando colaboradores com os recursos da Inteligência Artificial (AI) encontrados na Azure.

Desde que “deu as mãos” para a Microsoft, a Walmart selecionou inúmeras soluções em nuvem para implantar a transformação digital no varejo.

Entre os produtos está a plataforma Azure, que está sendo usada por todos os colaboradores com a finalidade de padronizar o conjunto de marcas da instituição. J

unto com essa tecnologia, a empresa está seguindo em frente com a sua missão de oferecer formas práticas de compra para os clientes. Por outro lado, a própria equipe interna está entregando serviços cada vez melhores.

Essa nova fase de inovação na prática da Microsoft levou à produção do livro “The future computed: AI & Manufacturing”, que mostra como o mundo corporativo está adotando a inteligência artificial.

Nessa obra, a empresa apresenta os efeitos da disrupção virtual nas instituições e como seus serviços têm ajudado os clientes a renovarem seus processos. De fato, a renovação da Microsoft conseguiu replicar a cultura da inovação em outras empresas.

Podemos dizer que a Microsoft não precisa imaginar o futuro, pois já está nele. Suas metas para a prosperidade são alcançáveis com a cultura inovadora que tem.

Dentre os objetivos da empresa estão:

  • continuar produzindo inovações inteligentes para a indústria;
  • ajudar os clientes na obtenção de resultados de negócios;
  • propor novas soluções para parceiros;
  • fortalecer seu posicionamento como uma empresa que revoluciona a tecnologia.

Diante dos patamares alcançados pela Microsoft, consegue duvidar de que atingirá essas metas?

Localiza — transformar para ampliar horizontes

A Localiza Hertz é conhecida por seu negócio voltado para a locação de veículos e também pela sua cultura digital.

A empresa sempre está em busca de soluções virtuais inovadoras para os seus parceiros e clientes. O objetivo sempre foi proporcionar a melhor experiência de mobilidade para o seu público-alvo brasileiro.

Para manter essa qualidade, a empresa em 2016 fechou um acordo com uma das maiores organizações de aluguel de carros no mundo: a The Hertz Corporation. Essa junção deu o seu novo nome: Localiza Hertz.

Com essa parceria, a instituição conseguiu imergir no mercado internacional, mas também se firmar no Brasil.

Isso foi extremamente necessário para a sobrevivência da marca, uma vez que a sua área comercial começou a sentir os impactos da concorrência dos aplicativos de transporte. Para fazer frente a essa nova realidade, a empresa que nasceu na década de 1960 precisou se “render” à tecnologia.

Diante dessa resolução, a empresa implantou o sistema “Localiza Fast” (até então, uma tecnologia inédita na América Latina) que permite a solicitação de um carro pelo smartphone.

Essa inovação deu tão certo e agradou tanto os seus clientes que a empresa seguiu com o desenvolvimento de outras funcionalidades virtuais que agregam agilidade e comodidade.

Uma delas foi o “Localiza Way”, que é um gadget conectado com o sistema global positioning system (GPS), rede Wi-Fi, além da opção de ouvir músicas pelo aplicativo Spotify. Visando facilitar o contato do cliente com a empresa, o gadget tem um recurso para contato direto com a central de atendimento.

Outro serviço inovador é o “Localiza Express”, desenvolvido para gerar mais agilidade no processo de retirada dos carros nas agências. Essa é uma funcionalidade prática para os profissionais que precisam de um automóvel durante uma viagem de negócios.

Depois da implantação do aplicativo “Localiza Hertz”, foi possível oferecer ainda mais vantagens para os clientes, como um programa de pontos de fidelidade. Funciona assim: o cliente que fizer o check-in pelo aplicativo ganha pontos que podem ser convertidos em benefícios.

Existe ainda a possibilidade de encerrar um contrato com rapidez, fazer reservas rapidamente ou solicitar um upgrade no carro alugado por meio do “Mobile Checkout”. Para atingir as pessoas de todas as classes sociais, a Localiza criou o serviço “Prime” com modelos de carros da BMW e da Volvo.

Além disso, nos seus catálogos, a Localiza disponibiliza diversos modelos de automóveis que dificilmente são encontrados em outras locadoras. Por outro lado, a empresa também inovou para facilitar a vida das agências de viagens.

Para isso, foi desenvolvido o painel de indicadores da web fácil que apresenta um dashboard das locações feitas.

Outro produto lançado foi um portal multiprêmios, que acumula pontos de acordo com os aluguéis realizados e podem ser trocados por recompensas.

Depois dessa expansão no mercado brasileiro, a Localiza aumentou seus lucros e a sua visibilidade internacional. Demonstrando que a inovação na prática envolve também a inserção em novos mercados globais.

Para entendermos melhor as estratégias utilizadas pela empresa em sua modernização, precisamos isolar a sua principal meta: causar paixão nos clientes pela marca.

A maneira como a Localiza Hertz está atingindo esse objetivo envolve a união da inovação com o conceito customer experience (experiência do cliente) — uma vez que essa abordagem significa ir além de uma simples relação de compra e venda.

Pelo contrário, tem o sentido de somar todas as percepções e sentimentos dos consumidores causados pelas interações com sistemas, canais, produtos e colaboradores da empresa.

Em resumo, o customer experience demonstra a impressão que a marca deixa no cliente.

Com certeza, essa percepção assegurou a fatia de mercado em que a Localiza atua, mesmo com a forte concorrência. Desse modo, se o cliente tem alguma dificuldade, a empresa oferece diversas ações que minimizam ou acabam com a possibilidade de uma má experiência.

Além das estratégias já citadas, a empresa investe em atendentes alegres e simpáticas que têm diante de si um espelho para saber como está a sua feição durante o atendimento ao cliente. Essa prática inovadora visa mostrar que uma interação saudável com o cliente começa com um semblante agradável.

Atualmente, o modelo de negócios da empresa opera em uma plataforma múltipla de serviços. Começando pelo tradicional aluguel de carros, há também a gestão de frotas para contratos de longo prazo.

Por causa do seu crescimento comercial, houve a abertura do franchising, que possibilitou a criação de franquias da Localiza na Brasil e também na Argentina, Chile, Equador, Paraguai, Uruguai e Colômbia.

Por fim, implantou-se o serviço Localiza seminovos para a renovação constante da frota de veículos.

O objetivo é manter a qualidade dos carros alugados pelos clientes por meio de um processo de intermediação de venda. Sendo assim, a empresa tem custos menores com a depreciação econômica dos veículos.

De fato, a remodelação do mundo corporativo continuará. Esperamos que essa realidade traga para a humanidade muitos benefícios.

Já para as empresas, a certeza de que a inovação na prática é a coluna que sustenta a marca e leva a benefícios reais.

O grande desafio é adaptar soluções tecnológicas às necessidades do público-alvo, além disso, inserir a inovação no coração dos colaboradores.

No entanto, como vimos no artigo, essa meta é possível, não importa a área de atuação da empresa. Basta a liderança abraçar a inovação!

Gostou de aprender sobre como as empresas Lego, Microsoft e Localiza Hertz estão mostrando a inovação na prática?

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