A longevidade na força de trabalho é uma preocupação cada vez mais latente no mundo empresarial.

Poucos indicadores mostram o tamanho da qualidade de vida humana nas últimas décadas quanto a longevidade alcançada pelos seres humanos.

Graça aos avanços da ciência e tecnologia, não só vivemos mais, como vivemos melhor, conseguindo produzir por um período muito maior — fenômeno conhecido como longevidade na força de trabalho.

Contudo, como ter colaboradores mais velhos interfere no dia a dia das atividades de um negócio?

Quais desafios as empresas precisam contornar para lidar com essa realidade da melhor forma possível?

Debater esse assunto é objetivo deste texto. Acompanhe.

Desafios do aumento da longevidade na força de trabalho

De acordo com dados extraídos de um relatório elaborado em conjunto pela consultoria PwC e pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), entre 2004 e 2009, houve um aumento dos cargos ocupados por pessoas com mais de 40 anos no país.

Nesse espaço de tempo, o percentual saiu de 38,7% e chegou aos 42% de postos preenchidos com esses trabalhadores dessa faixa etária.

Além disso, a expectativa é de que até 2040, 57% das pessoas em idade de trabalhar tenham mais de 45 anos.

Tal fenômeno é apenas um reflexo do que acontece com a sociedade brasileira. Felizmente, nas últimas 11 décadas, a expectativa dos brasileiros aumentou 40 anos, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Isso faz com que o Brasil siga o caminho de outros países e seja uma nação de pessoas mais velhas, impactando a composição da forma de trabalho disponível.

Porém, o aumento da longevidade na força de trabalho pode gerar, em um primeiro momento, pequenos desafios.

Por isso, é importante saber quais serão as consequências de contar com um número maior de trabalhadores experientes no seu time de colaboradores.

Divergência entre gerações

Embora um mix de gerações contribua para um ambiente de trabalho mais diverso, mais produtivo e com maior capacidade de resolver problemas, isso não significa que ele seja isento de divergências em decorrência da diferença de idades.

Isso pode ser ainda mais preocupante quando pessoas mais jovens ocupam cargos de liderança, já que muitas vezes esses líderes com menos idade não estão preparados para lidar com pessoas em cargos inferiores que poderiam ter a idade dos seus pais.

Mudança de mindset

O mindset diz respeito à forma como a mente de cada pessoa está configurada para enxergar o mundo ao seu redor.

Por isso, é importante que as práticas das empresas estejam alinhadas com a forma como as pessoas mais velhas enxergam o ambiente de trabalho.

Nesses casos, será preciso formatar uma nova política de salários, de jornada de horários, um programa de benefícios mais flexível e incentivos para que aqueles que estão próximos da aposentadoria não se sintam desmotivados para continuar a trabalhar ou fiquem preocupados em excesso do que farão quando a hora de parar chegar.

Ponto de vista diferenciado sobre os processos da empresa

Em decorrência da experiência adquirida, e mesmo das mudanças causadas pela tecnologia, é bastante comum que profissionais de mais idade vejam determinados processos de maneira diferente, inclusive discordando da forma como eles são feitos atualmente.

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Mas esses pontos de vista não devem ser desprezados.

Deve existir espaço de que o conhecimento relevante das gerações mais velhas seja transmitido para os mais jovens, ao mesmo tempo que os mais velhos consigam se apropriar das novas tecnologias para poder aproveitar suas experiências.

Aumento da longevidade na força de trabalho: como se preparar

Agora que você conhece os desafios da longevidade na força de trabalho, é hora de saber como lidar com esse contexto.

A preparação das empresas para atrair essa força de trabalho mais velha passa por diferentes pontos, e vai desde melhorias no clima organizacional do negócio em aspectos banais até ajustes no ambiente físico do local de trabalho.

Parece algo menor, mas esses pequenos ajustes, sempre considerando a opinião dos trabalhadores, são capazes de trazer muitos ganhos em um curto período quando o assunto é longevidade na força de trabalho.

Uma montadora de carros nos EUA conseguiu aumentar sua produtividade após instalar pisos almofadados e bancos ajustados em uma linha de montagem composta majoritariamente por trabalhadores mais velhos, por exemplo.

Outros bons resultados foram percebidos por empresas que ofereciam empregos com jornadas de trabalho mais flexíveis para aqueles que estavam prestes a se aposentar ou já tinham chegado a esse ponto, mas querem continuar ativos.

Como aproveitar a longevidade na força de trabalho

Essa força de trabalho mais velha é majoritariamente composta por profissionais comprometidos, diversificadas, com boa qualificação e que já tiveram sua atuação aprovada em outros momentos. Logo, esse capital humano não deve ser desperdiçado.

Para isso, estimule programas nos quais os trabalhadores mais velhos sejam a fonte principal de conhecimento, já que a experiência de vida deles é um recurso inestimável e que deve ser sempre considerada, inclusive para posições de mentoria ou consultoria.

Com isso, além de capacitar melhor os novos funcionários, é possível melhorar na empresa a cultura organizacional, qualificar os processos, gerar a ideias inovadoras e aumentar a produtividade.

Como evitar impactos negativos da longevidade na força de trabalho

Além das mudanças mencionadas ao longo do texto, é importante que as empresas se disponham a ouvir o que esses funcionários mais velhos têm a dizer para entender o que essa força de trabalho mais experiente espera para entregar resultados consistentes, de acordo com as suas capacidades.

Ao perceber que suas opiniões são ouvidas e consideradas na hora das decisões pertinentes, esses funcionários se tornam mais colaborativos, participativos e engajados, não importando que eles sejam de uma outra geração.

Paralelamente a isso, é preciso investir para que os processos de recrutamento não sofram com discriminação na hora do processo seletivo, principalmente por empresas que pregam uma “cultura jovem” no seu quadro de funcionários.

Esse viés na seleção pode excluir do seu radar diversos profissionais qualificados que não necessariamente se enquadram nessa cultura organizacional em um primeiro momento.

A longevidade na força de trabalho é um processo inevitável, decorrente de algo positivo: as pessoas estão vivendo mais, logo, trabalharão até mais tarde.

Cabe às empresas se prepararem para superar os desafios impostos por esse fenômeno e aproveitar dos benefícios que eles podem trazer.

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